segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O Nome do Vento



Olá a todos, hoje resenharei o livro As Crônicas do Matador do Rei Primeiro Dia: O Nome Do Vento, já aviso que esta, definitivamente, é uma leitura para gostos diversos.



Se olharmos apenas para a capa ou a espessura de “O nome do vento”, com certeza teremos uma ideia errônea sobre o mesmo. A obra ficou muito conhecida depois do comentário feito pelo grande George R. R. Martin (autor de As crônicas de gelo e fogo), avaliando-a como “A melhor fantasia épica de 2010”. Em geral, ao comprar o livro, espera-se uma coisa bem diferente do que realmente se lê. Espera-se encontrar uma história muito complexa com diversos personagens, linguagem elaborada ao estilo de As crônicas de gelo e fogo ou até mesmo algo como Senhor dos anéis. Muitos esperam até uma narrativa cansativa e que foca em um público distinto, algo que exige uma leitura minuciosa, arrastada e demorada. Porém, não 
poderiam estar mais enganados.



A história é sim complexa, pois se passa em um mundo fictício, e um mundo fictício que se preze tem uma realidade totalmente própria, com costumes, línguas, lendas e seres criados e narrados com tantos detalhes, que acabam parecendo reais. Mesmo com essa complexidade, tudo é explicado de maneira simples e logo podemos nos sentir parte daquele universo. O enredo continua a ser misterioso e tem uma linguagem rica, que é de fácil entendimento, fluída e mesclada. Mistura linguagem poética com algo mais “informal”, narrações em primeira pessoa (nos capítulos que contam eventos passados) e narrações em terceira pessoa (nos capítulos que acontecem no “presente”).



O livro conta a história da vida de Kvothe, um homem que virou uma lenda. Alguns narram seus feitos históricos de um jeito que o faz parecer sobre-humano. Outros narram suas aventuras como se ele fosse o vilão, um ser maligno e quase invencível, como se ele fosse um demônio. O fato é que todos o “conhecem” e contam boatos sobre ele. Boatos porque com o progresso da leitura vemos que na verdade apesar de ter passado por aventuras incríveis, sua vida não foi tão surreal e gloriosa assim. Percebemos que apesar de ser um grande personagem, também tem limitações e problemas. É interessante como isso traz uma verdade e reflexão profunda embutida: Histórias se modificam e a menos que estivéssemos presentes para ver o ocorrido, é bem provável que só venhamos a conhecer uma mistura de rumores e verdades aumentadas e não a realidade. É impossível agradar a todos, mas Patrick Rothfuss com certeza consegue agradar leitores de diversos gêneros e pessoas de diferentes idades com seu romance fantástico que nos prende a cada página.



Até a próxima leitura,
Annie Miller


Para mais informações do livro, acesse:
http://www.orelhadelivro.com.br/livros/102323/o-nome-do-vento/

domingo, 21 de setembro de 2014

Maze Runner - Correr ou Morrer


 Sabe aquele mistério que lhe deixa perdido e sem fôlego??!! Maze Runner - Correr ou morrer é o livro certo para amantes do gênero, ele te deixa afoito, confuso com o vocabulário próprio dos personagens, dando a sensação de como se você realmente estivesse na história, sentindo tudo o que Thomas sente, pensa e descobre.


Tudo começa quando Thomas acorda em um lugar escuro, supostamente um elevador em movimento que parece estar em uma subida eterna para o garoto, agora para onde? Porém, primordialmente, quem era ele? Porque ele não se lembrava de nada a não ser seu nome?


Desesperado, tateando a escuridão em busca de uma saída, Thomas se encontra confuso, cheio de perguntas sem respostas, que continuam assim que o elevador abre e há uma multidão de garotos o rodeando.


Porém, justo quando ele começa a conhecer mais do lugar, ser acolhido e apresentado a tudo e todos, inclusive aos monstros noturnos que habitam os estranhos muros formando um labirinto ao redor da clareira, outro acontecimento toma conta do lugar, uma nova pessoa foi mandada  pelo o elevador em menos de 2 dias, o que geralmente acontece somente a cada mês. E como se não bastasse, dessa vez é uma garota, acompanhada ainda de um bilhete onde foi escrito:


"Ela é a última."


Jogado em um lugar que não conhece, com pessoas desconhecidas e regras um tanto peculiares, Thomas chora, fica nervoso, se sente até um pouco alegre, com pressentimentos de mudanças, e talvez alguns lampejos de sua vida antiga, porém o sentimento coletivo daquela clareira de sair dali é completamente adotado por ele como seu único objetivo primordial, sendo capaz de correr o risco de morte pela a sua liberdade.


Com um toque de Lost e lembrando um pouco de Jogos Vorazes e Resident Evil, esta saga possui um "quê" a mais de originalidade, capaz de lhe deixar noites a fio com insônia de tanta curiosidade que certamente ficará a cada novo capítulo.


Pegue já seu exemplar de Maze Runner, comece logo esta leitura e "Bem-Vindo à Clareira, fedelho."


Black Kisses
Selene



Para mais informações sobre o livro, acesse:

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Jogos Vorazes


 Qual a diferença entre a Capital e seus distritos, citados nos livros, para o nosso governo e sua população?



 Jogos Vorazes nos permite pensar nessa comparação com a envolvente história de Katniss, "the girl on fire" de 16 anos de idade, que aceita ser o tributo feminino de seu distrito 12, para salvar sua sorteada irmã Prim de 12 anos em sua primeira colheita.


Neste universo de jogos vorazes, as coisas funcionam da seguinte maneira:


 O local da história é denominado Panem, composta de 13 distritos, mas em alguma parte da história, o distrito 13 se rebelou contra a Capital, e por conta disso, deixou de existir, e para relembrar a todos  o preço de tal rebelião, foi criado o Tratado de Traição, a cada ano, dois jovens entre 12 e 18 anos de cada distrito, são escolhidos para participar dos Jogos Vorazes.


No total serão 24 tributos, postos juntos numa área, onde terão que sobreviver e matar uns aos outros, até que aja apenas 1 vencedor, que ganhará uma certa quantidade de dinheiro, mas ainda sim morará em seu distrito numa casa melhor, e os ganhadores ajudarão os próximos tributos de seu distrito e assim por diante.


 É realmente excitante, ainda mais quando lemos a contra capa do livro onde está escrito:


" Matar ou morrer. Não há escolha. Na arena, o mais capaz vence. Que os jogos vorazes comecem!"


A escritora da saga Crepúsculo, Stephenie Meyer, também não resistiu a ler e comentou:


"A história me fez passar noites em claro porque, mesmo quando terminava de ler, ficava acordada pensando. Jogos Vorazes é surpreendente!" 


E ela não foi a única, digo por mim mesma e por os fãs tributos.


Recomendo este livro a nossa Geração Coca - Coca, que simpatizará certamente com a protagonista revolucionária, aquela que não segue as regras da Capital, caça as escondidas, se faz de boba apaixonada para conquistar os tolos da Capital e conseguir se manter viva.


E só um aviso, assim que começar a ler, não irá parar até terminar a trilogia, e ainda pedirá por mais.


 E aos amantes do cinema, vocês podem conferir o primeiro, segundo filme e aproveitar para livrar sua agenda, porque o Brasil, mais uma vez, será o primeiro país a receber o terceiro filme da série 2 dias antes que o mundo todo!!!!!


Assistam o trailer, e se preparem para o dia 19 de novembro de 2014!!!




Black kisses
   Selene




Para mais informações do livro, acesse:
http://www.orelhadelivro.com.br/livros/668004/jogos-vorazes-1/

domingo, 7 de setembro de 2014

Delírio


Olá, pessoal! 

Hoje estou aqui para falar um pouco sobre o livro Delírio, o primeiro de uma trilogia, escrito por Lauren Oliver.


O livro narra a história de uma adolescente que vive em uma sociedade futurista e controladora nos Estados Unidos. 


Nessa sociedade, o amor e os sentimentos fortes, são tratados como uma doença que deve ser erradicada, e por isso, o governo controla tudo o que chega até a população, como músicas, filmes, entre outras coisas. 



Ao completar 18 anos, todos os jovens são submetidos a um procedimento para que não sintam tais emoções, o que os leva a aceitar o que o governo propõe como uma vida ideal e segura, sem pensar duas vezes.



A protagonista da história, Lena, aceita tudo isso e mal pode esperar para passar pelo procedimento e ter uma vida sem seus antigos medos e pesadelos de acabar como sua mãe, que supostamente cometeu suicídio quando ela era pequena, porque apesar de passar pelo procedimento várias vezes, continuava a ter seus antigos sentimentos.



Porém, quando ela já está com seu procedimento marcado e está pronta para começar a sua “vida perfeita”, algo acontece para que veja que essa vida não é tão perfeita assim e sua vida toda vira de cabeça para baixo.



Será que Lena abrirá mão do conforto e da segurança que foi criada e acostumada a aceitar a sua vida toda por uma nova vida arriscada e fora dos padrões? Será que ela se deixará ser controlada como as outras pessoas ou será que enfrentará seus medos para que possa lutar por um futuro livre?



Esse livro me chamou bastante a atenção. Não só por ser uma história bem original a meu ver, pois eu nunca tinha lido algo assim, mas por nos mostrar – mesmo que no caso do livro o controle sobre as pessoas seja bem exagerado – que devemos abrir nossos olhos e sair da nossa zona de conforto, olhar em volta e parar para pensar no que realmente acreditamos e no que fomos levados a acreditar pela sociedade, que de certa forma, também nos controla. 



O livro nos mostra que às vezes devemos enfrentar os nossos maiores medos para encontrar a verdade, e nos faz perguntar a nós mesmo até onde iríamos para sermos livres.



Gostei bastante da narração, e apesar de achar que a autora forçou a barra no romance, vale a pena conferir. Espero que gostem do livro.




Até a próxima leitura,
Annie Miller


Para mais informações do livro, acesse: 
http://www.orelhadelivro.com.br/livros/588612/delirio/